sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

Os mitos da Sexta feira 13

Foto/reprodução

Para muito hoje é um dia considerado de azar por ser a famosa  sexta-feira 13. Entre diversas superstições,  gato preto e passar por baixo de escadas, são os mais populares.  

Ainda existe os famosos filmes Sexta-Feira 13 que marcou a nova geração. Essa  longa série de filmes de terror dos Estados Unidos criada pelo diretor Sean S. Cunninghan, espalhou medo nos telespectadores de todo o mundo com o famoso mascarado, Jason. No entanto, para os supersticiosos, não é tão simples assim. O mito da sexta-feira 13 teria sua origem em duas lendas nórdicas (ou escandinavas).


Segundo pesquisas para o blog da (-:Gracinha:-), a primeira parece explicar o estigma do número 13 e conta que houve um banquete em Valhalla, o palácio para onde íam os guerreiros mortos em batalha, para o qual foram convidadas 12 divindades. Loki, o deus do fogo, talvez o mais controverso do panteão nórdico, não foi convidado e, enciumado, apareceu sem ser chamado e armou uma cilada para Baldur, o deus do Sol ou da luz, o preferido de Odin, deus dos deuses. Deste relato surgiu a idéia de que ter 13       


pessoas à mesa para um jantar era desgraça na certa.

A associação com a sexta-feira parece ter vindo da segunda lenda nórdica, que fala de Frigga ou Freya, a deusa escandinava da paixão e da fertilidade. Segundo a lenda, quando as tribos nórdicas e germânicas foram obrigadas a se converter ao cristianismo, as narrativas passaram a descrevê-la como uma bruxa, exilada no alto de uma montanha. Dizia-se, então, que, para vingar-se, ela se reunia todas as sextas-feiras com outras 11 bruxas e o demônio, num total de 13 entidades, para rogar pragas sobre os humanos. Isso era usado para incitar a raiva e a animosidade das pessoas contra Frigga, embora nem sequer existissem figuras malignas como o diabo nessas culturas. 

Como a sexta-feira era um dia consagrado à deusa Frigga ou Freya (cujo nome deu origem ao nome do dia da semana nas línguas anglo-saxônicas) e, portanto, ao feminino, o advento do patriarcado judaico-cristão fez com que esse dia fosse o escolhido para ser amaldiçoado, como tudo o que dizia respeito às mulheres, como a menstruação, as formas arredondadas, a magia, o humor cíclico, o pensamento não-linear, etc.

Estas lendas, embora muito anteriores, parecem ter sido consolidadas ou associadas ao relato bíblico da última ceia, em que havia 13 à mesa, às vésperas da crucificação de Jesus, que ocorreu em uma sexta-feira. O 13º convidado teria sido o traidor causador da morte de Jesus, Judas Iscariotes, exatamente como Loki foi o causador da morte do filho de Odin, por meio de uma cilada.

Lendas à parte, o fato é que, muitas pessoas, supersticiosas, evitam viajar em sexta-feira 13; a numeração dos camarotes de teatro omite, por vezes, o 13; em alguns hotéis não há o quarto de número 13, que é substituído pelo 12-a; muitos prédios pulam do 12º para o 14º andar, temendo que o 13º traga azar. Há pessoas que pensam que participar de um jantar com 13 pessoas traz má sorte, porque uma delas morrerá no período de um ano. A sexta-feira 13 é, enfim, considerada um dia de azar e toma-se muito cuidado quanto às atividades planejadas para este dia. 

Enquanto isso, na Índia, o 13 é um número religioso muito apreciado e os pagodes hindus apresentam normalmente 13 estátuas de Buda. Na China, é comum os dísticos místicos dos templos serem encabeçados pelo número 13. Também os mexicanos primitivos consideravam o número 13 como algo santo e adoravam, por exemplo, 13 cabras sagradas. 

O que então faz a diferença? O que faz com que o número 13 e a sexta-feira sejam positivos para alguns e negativos para outros, e ainda neutros para outros?

Mais uma vez é tudo uma questão de sintonia. Somos o que pensamos, transformamo-nos naquilo em que acreditamos, vivemos naquilo em que criamos para nós mesmos. 

 E a cada sexta-feira 13 que aparece no calendário ele se torna um pouco maior, e mais forte, alimentado por supersticiosos que insistem em continuar repetindo mecanicamente manias dos seus antepassados.

A sexta-feira e o 13, juntos ou separados, na verdade, nada podem. Eles mesmos não têm poder algum. São inofensivos como qualquer data do calendário. O poder está em quem acredita que eles têm poder. O poder, para o bem ou para o mal, está em que acredita que eles podem criar, gerar ou fazer o bem ou o mal.  Não é, portanto, a sexta-feira 13 que traz azar, mas o supersticioso que vai buscá-lo toda sexta-feira 13, com os seus pensamentos, o seu medo, a sua própria angústia e falta de confiança. Ou até mesmo, por força de uma mídia que incentiva essa propagação milenar.

O problema é que há tanta gente adepta do dito popular que, sempre que aparece uma sexta-feira 13, o ambiente fica mais pesado, por causa das emanações das pessoas que, "só por precaução", ficam ligadas, procurando "sinais" de azar, tentando passar ilesas pelo dia que dizem que pode ser amaldiçoado. E aí, fica parecendo que a superstição tem algum fundamento...


E você, acredita que o sexta feira 13 é amaldiçoada?



by
(-:Gracinha de Souza:-)

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