quinta-feira, 3 de março de 2011

Gonorreia – um mal que tem cura

Já falamos muito sobre a saúde e prevenção em nosso blog. Isso me deixa realizada pois, nas estatísticas das páginas mais acessas do blog, está lá registrado visitas diárias de 60, 30 e 22 acessos para os postes sobre a camisinha feminina, contraceptivos e zonas eróginas Masculinas. Orientação sexual, prevenção nunca é demais! Sempre tem algo que você precisa saber ou reler. Até quando vamos esperar para tomar medidas mais eficientes e preventivas?

Poucas iniciativas isoladas começam a aparecer, mas sem grande abrangência. Por exemplo, podemos citar a vacinação contra HPV, para ser aplicada no sexo feminino, entre os 9 e os 26 anos de idade. Mas essa vacina ainda é muito cara e inacessível à maioria das jovens (três doses ao custo de cerca de R$ 300 a R$ 400,00 por dose).

Temos que investir na educação, na promoção à saúde. Prevenir ainda continua sendo melhor (mais barato e mais produtivo) do que remediar. Mas como agir? Quais as estratégias mais adequadas?

Segundo pesquisa, não há como atingir as metas desejadas sem a participação de todos:

Governo: através de programas educativos, de acesso facilitado a bons serviços de saúde adequados, conforme estabelece o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) que por usa vez, é encantador aos olhos de quem o ler e interpreta determinadas decisões baseado na dita cartilha para lhe garantir o devido direito.

Da escola: pela orientação sexual e de saúde, tanto para os professores quanto para os alunos em sala de aula. Devemos ao menos tentar quebrar o tabu ainda existente de que é feio ou desnecessários lidar com assuntos como estes entre os nossos jovens. Assuntos onde são classificados de forma pejorativa de (safadeza.)

Precisamos inclusive da sociedade, da mídia, dos pais e familiares, dos profissionais de saúde, principalmente, dos próprios adolescentes que não sejam apenas os receptores de toda essa informação, mas também agentes dessa mudança, dessa meta em prol de sua saúde, de sua proteção. Isso não significa que seja unicamente em época de carnaval, não! São em todas as suas atitudes diárias para toda uma vida, até porque as DSTs não pegam apenas no período carnavalesco.

Entre outras doenças sexualmente transmissíveis, abordaremos a GONORRÉIA, assunto pouco debatido abertamente em sociedade.



Gonorreia

A gonorreia é uma doença sexualmente transmissível (DST), causada por um agente infeccioso chamado Neisseria gonorrhoeae ou gonococo. Esta doença caracteriza-se pela presença de abundante secreção purulenta (com pus) das mucosas que afecta.

Sintomas

A infecção por gonococos pode atingir todas as mucosas que entrem em contacto com o agente infeccioso, genitais, pele, garganta, olhos, coração, articulações e o sistema nervoso.

Os sintomas normalmente aparecem 2 a 5 dias após a infecção, no entanto nos homens pode demorar até um mês até que a doença se manifeste.

- Homem -

  • Ardor ao urinar.
  • Necessidade de urinar frequente.
  • Corrimento purulento (com pus) através da uretra.
  • Extremidade do pénis inchada ou avermelhada.
  • Dor ou inchaço nos testículos.
  • Dor e emissão de pus pelo recto (homossexuais).
  • Dor de garganta (sexo oral).

gonorreia-penis.jpg

- Mulher -

Nas mulheres é mais frequente a gonorreia não causar sintomas durante semanas ou meses, principalmente quando a infecção se localiza no colo do útero. No entanto os sintomas mais frequentes são:

  • Ardor ao urinar.
  • Necessidade de urinar frequente.
  • Corrimento vaginal purulento (com pus).
  • Relação Sexual dolorosa.
  • Dor abdominal intensa, perda de sangue pela vagina, febre e mal-estar geral (quando a infecção progride por via ascendente atingindo as trompas e os ovários).
  • Dor de garganta (sexo oral).

gonorreia-vagina.jpg

Se a zona infectada entrar em contacto com os olhos, pode verificar-se uma infecção externa (conjuntivite gonocócica), é raro nos adultos, mas pode atingir os recém-nascidos quando passam através da vagina onde existem secreções infectadas.

Transmissão

  • Contacto sexual com um indivíduo infectado.
  • De um local do corpo para outro pelo próprio (auto inoculação).
  • Parto normal se a mãe estiver infectada.
  • Contaminação indirecta (artigos de higiene íntima de outra pessoa contaminada).


O risco de transmissão desta doença é superior a 90% e o facto de não haver sintomas não afecta a transmissão da doença.

Diagnóstico

Análise do corrimento uretral, vaginal, anal, ou de outras secreções purulentas existentes ao microscópio, onde se identifica o agente infeccioso.

Tratamento

“O tratamento da gonorreia faz-se administrando antibióticos adequados durante um período de tempo que varia com o tipo de infecção presente. Hoje é possível tratar a infecção de localização exclusivamente genital (a mais frequente) com uma dose única de antibiótico (…)

No entanto, quando não se faz o tratamento correcto ou quando o diagnóstico é tardio (…) podem surgir complicações graves como aperto da uretra no homem, infertilidade na mulher, úlceras da córnea e problemas cardíacos e neurológicos.” [Dra. Ana Ferrão, medicoassistente.com]

Prevenção

Adopção de comportamentos sexuais seguros:

  • Evitar múltiplos parceiros sexuais.
  • Usar preservativo sempre que se pratica sexo, em particular se não se tratar de um relacionamento estável.
  • Mulheres em especial as portadoras de um Dispositivo Intra Uterino, devem ser vigiadas regularmente para despiste de infecções silenciosas porque existe o risco de propagação da infecção às trompas e aos ovários.


Este artigo é apresentado com objetivo informativo e não pode ser usado como fonte de aconselhamento médico, substituição de consulta, diagnóstico ou tratamento especializado.

Bibliografia:


Fonte - site Portal Saúde da Mulher

by

(-:Gracinha de Souza:-)

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