“Se colocar ponto eletrônico se descobre que muitos mamam na teta deste poder”
Mas, vamos ao motivo da solicitação. De acordo com ele mesmo, ele foi procurado por servidores do “parlamento-mirim” que denunciaram que alguns funcionários são “apadrinhados de políticos e por isto teriam sido agraciados, em gestões passadas, com aumentos de vencimentos, enquanto outros que exercem a mesma função, mas sem padrinhos, ganham menos”.
“Falaram até que se colocou de forma efetiva quem não era. Isto é uma imoralidade. Como também é uma imoralidade termos mais de 200 funcionários e quando eu ando por esta Casa vejo apenas 15. Se colocar ponto eletrônico, muitos funcionários vão se aposentar, porque não estão trabalhando. Muitos talvez peçam demissão porque não querem trabalhar. Estão mamando há muito tempo nas tetas deste Poder”, colocou.
Kelmann Vieira disse que vai apresentar o requerimento e que se for negado vai ao Ministério Público Estadual (MPE) para denunciar as possíveis regalias dos servidores “fantasmas da Casa”. Durante o discurso - ainda que indiretamente - defendeu a redução do duodécimo da Casa de Tavares Bastos.
“Nós temos que cortar na própria carne. Não temos que compactuar com as ilegalidades que aconteceram há anos nesta Casa dos vereadores. Por que no momento da discussão do duodécimo temos que calar? Por que isto? Temos que colocar ponto eletrônico. Cobrar presença. Eu vou enfrentar, nem que eu vá para o isolamento político”, frisou.
Vieira - conforme bastidores - pode abrir uma crise dentro da Mesa Diretora por conta de futuras posturas isoladas que ainda estão por vir e que enfrentam o grupo no qual se encontra. Afinal, indiretas não faltaram no discurso: “não tem sido fácil. Alguns vereadores colocando que eu sou ovelha desgarrada. Mas, não vim aqui para balançar a cabeça e agradar qualquer vereador. Eu vim aqui para colocar minhas convicções. Eu tenho muitas e no momento oportuno colocarei todas elas, agradando a Mesa ou não; agradando parte da bancada ou não”, destacou ainda.
As cobranças em relação às correções de distorções da folha salarial da Casa entraram em pauta na sessão de ontem. O primeiro a tocar no assunto foi o vereador Dudu Ronalsa (PSDB). Ronalsa cobrou esclarecimentos em relação às diferenças entre os vencimentos. Vieira destacou que como primeiro-secretário vai acompanhar o caso de perto, inclusive solicitando informações. “Como primeiro secretário, tenho várias funções, mas zelar pelo pessoal é uma das principais. O vereador Dudu Ronalsa não precisa requerer ao presidente não, porque eu mesmo vou requerer e apurar isto como primeiro-secretário”, encerrou Kelman Vieira.
Fonte: blog do Villar
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(-:Gracinha de Souza:-)
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