quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Alagoas sem Aftosa, rumo á zona Livre.

A feira de gado que acontece as segunda-feiras no sítio Rua Nova que ainda é município de São José da Tapera mesmo estando a pouco mais de 500mt da cidade de Senador Rui Palmeira é considerada a maior de todo o Estado de Alagoas. Os produtores vendem e compram animais na feira livre há anos. Segundo informações, as GTA (Guia de transito animal) e documentação que comprovem a vacinação do gado em dia, são exigidas pelos guardas sanitários e veterinários para maior controle animal. Ainda segundo informações, o acompanhado dos técnicos da Agência de Defesa e Inspeção Agropecuária de Alagoas (Adeal), de PB, PE, RN e AL vão combater a aftosa juntos e que, os cadastros das propriedades ajudou na passagem de risco desconhecido à classificação de risco médio. Os criadores com mais de dez animais, devem adquirir a vacina em uma loja agropecuária, até o ultimo dia 30 de novembro, prazo máximo para imunizar os animais. Após a aplicação, os criadores devem ir ao escritório da Adeal no município de sua propriedade com nota fiscal de compra, CPF, identidade e comprovante de residência para a declaração da vacina e atualização cadastral.

Os produtores são conscientes de que essa vacina é fundamental para a saúde pois só com a vacina contra aftosa em dia os animais podem transitar, serem comercializados ou participar de eventos agropecuários. E tão importante quanto vacinar é o criador completar sua ação com o cadastro atualizado. Na questão cadastral, os criadores devem se deslocar aos escritórios da Adeal para fazer a declaração da vacina com a atualização cadastral. A atualização do cadastro serve para abastecer a base de dados da Adeal com as informações das 50 mil propriedades rurais do Estado. Entre os prejuízos para quem não vacina ou descumpre as regras passa ser considerado inadimplente e fica sujeito a multas. Não pode, ainda, retirar a Guia de Trânsito Animal (GTA), documento para o transporte e comércio de produtos animais. Outro item fundamental é o georreferenciamento, umas das exigências do Ministério da Agricultura. Através dele, a Adeal tem conseguido localizar e monitorar as propriedades por meio do GPS, cuja ação une a vacinação em curso, cadastramento localização das propriedades (usando GPS) e a sorologia animal. Com esse trabalho, a Adeal que até então tinha apenas 5% das propriedades georreferenciadas, hoje já está com praticamente 70% de todas as propriedades georreferenciadas.





Os demais produtores não quiseram falar sobre os serviços prestados do Estado e sobre os reais motivos da sede da ADEAL terem grades de ferro.






"Eu compro gado aqui desde 1971. O olho do dono é que é o grande negócio. As vezes compramos o gado magrinho, trabalhamos com ele e ele adquire um bom estado para poder ser vendido com um preço bom. Mas, nem sempre a gente ganha ou acerta. Para trabalhar com o verão devemos ter um silo, ração e palmas, só assim o gado fica garantido e não sofre tanto com a temperatura do verão que castiga as nossas criações nesse perídio. Essa minha paixão por gado foi transmitida para os meus filhos que sempre me acompanham. Um dos meus filhos é zootecnista o outro analista de sistema que não tem nada a ver com os animais, mas nem por isso ele não deixa de nos acompanhar." Diz o produtor de Santana do Ipanema.

"Nós estamos trabalhando nesse ramo ha mais de seis anos e conhecemos todo o municipio de São José da Tapera. Quando um produtor não aparece para vacinar o seu gato, a gente vai lá e vacina. Tem todo tipo de pessoa nesse mundo. Tem pessoas ignorantes que as vezes querem descontar na gente quando a sua documentação tá atrasada e a gente não pode vacinar o gado. Recebemos a origentação de como conservar as vacinas, e a gente nunca perdeu uma que seja. Já visitamos casas que o gado era magro, as crianças magros, todos eram magros, dava até pena. Não tem diferença se o produtor é pequeno ou de grande porte, o tratamento é o mesmo. O bom de tudo isso é que fazemos amizades por esse mundo a fora." Diz Paulo e Deca vacinadores contratados pela prefeitura de São José da Tapera.


" Aqui na feira de Senador circulam cerca de 800 á 1000 animais por feira. Ela é considerada a maior de Alagoas. As exigências para os produtores são as questões da documentação em dia, a declarado das vacinas e a GTA (Guia de transito animal). Aqui de fato não tem água disponível para os animais como tem na feira de dois Riachos, o prefeito prometeu mais ainda não tem. O Estado fornece dez doses por fazenda. As lojas autorizadas vendem as doses da vacina e o produtor declara em seu município. Na questão do armazenamento. de fato o Estado não se dispõe de geladeiras com termômetros. Mas, as lojas conveniadas tem a obrigação de ter para manter uma temperatura de 2º á 8º graus. Se por acaso faltar energia nas lojas e o lojista não conservar a vacina devidamente, ela não poderá ser utilizada. Caso ele não relate o ocorrido e venda normalmente como se nada estivesse acontecido, é uma falta de carater dele ou de fiscalização. Se for pego, ele é apenas multado, ele não fica impossibilitado de vender não. Mas, quando doi no bolso, ele aprende. A vacina é vendida em média á R$ 1.70. Nós estávamos em uma faixa de risco em plena greve, o interessante foi que esse quadro foi revertido justamente nesse período porque ficávamos revezando entro os poucos que não aderiram. Respeitamos o direito de cada um. Se ele acha que tá no direito dele de fazer a greve, faça. Mas, o Estado inteiro sofre e fica no risco de contrair uma epidemia que compromete toda a gente. Nós alcançamos o risco médio e estamos juntos com os Estados de Pernambuco, Ceará, Piauí e Rio Grande do Norte. Sim Gracinha, de fato não podemos vender para Sergipe e Bahia porque eles estão no estado Livre (livre de febres com vacinações) Mas, através do exame de sorologia que demoram no uns 20 dias os animais podem transitar e vendidos nesses dois Estados. Nós veterinários quando não estamos nas feiras trabalhando, estamos fazendo inspeção nas lojas autorizadas em vender as vacinas e visitando propriedades. Os guardas sanitários fazendo GTA e declarações." Diz o veterinário, José Carlos Rocha.






" As pessoas conhece a feira como a feira de Senador, mas ela pertence a São José da Tapera. Aqui no município de Tapera temos 180 cadastros de produtores. Temos uma parceria com a prefeitura municipal de Tapera que colabora com quatro funcionários contratados há quatro de anos e eles; Deca Rodrigues, Paulo Ferreira, José Rodrigues e José Hélio percorre todos os municípios e povoados para vacinar o gado no período da campanha de vacinação. O Estado doa 4.800 doses de vacina e os funcionário encarregado de fazer a vacina levam duzentas doses cada um. Essas doses são armazenadas em um isopor com gelo na temperatura exigida. Eles foram orientados por mim para conservar as vacinas em 2/3 de gelo para 1/3 de cada vacina. De fato nós não temos a geladeira adequada e o termômetro.Mas, agindo assim as doses são conservadas. Uma das nossas prioridades é a vacinação dos assentamentos de Fazenda Nova, Cacimba Nova e Mucamba. Nós temos um banco de dados que é o cadastro do produtor e se ele não vier vacinar o seu gado, a gente vai até ele e multa se caso for necessário. Os valores são: R$ 406 se caso não declarar e R$ 162 por proprietário se não vacinar o gado. Esses valores são baseados no decreto 19 da lei 6608 do Estado de Alagoas. È, alguns cidadão realmente deixaram para pegar a sua GTA no ultimo dia, por isso, a quantidade de gente por aqui. Existe sim Gracinha, produtores que partem para ignorância e violência. Nós tivemos sim um caso de agressão a um funcionário onde as autoridades tomaram as devidas providências. Os período da campanha são nos meses de maio e Novembro com revendas nas lojas, após o calendário só com autorização do serviço de defesa da ADEAL, após o período de declaração, o produtor tem 15 dias do mês de Junho e 15 de Dezembro para fazer a delcaração.Hoje no ultimo dia da campanha vamos fazer uma vacinação assistida com vacinas compradas pelo proprietário no Sítio Bananeiras, convido você Gracinha para nos acompanhar e ver de perto o trabalho da equipe."Diz o veterinário, Edilson Leão de Oliveira.







Feira de gado do Sítio, Rua Nova:







Produtores pegando a GTA na ADEAL de Rua Nova:






O Guarda sanitário José Mendes e o veterinário José Carlos conferindo a GTA:









ADEAL de São José da Tapera:






Vacinação Assistida:



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(-:Gracinha de Souza:-)

2 comentários:

ROMÁRIO RODRIGUES disse...

todos que fazem parte do sistema de defesa ou os produtores representam o que há de mais importante numa missão: o compromisso de erradicar um mal que não tem fronteiras, aftosa. com o advento da adeal alagoas pode respirar mais e escoar sua produção, mas este progresso somente foi possível com participação de toda sociedade seja imprensa, produtores, políticos etc. o lucro de todo esse evento é poder ver que este trabalho está dando frutos positivos. é uma pena o trabalhos dos servidores não ser reconhecido pelo governador do estado, pois quando o estado avança ele ganha o mérito enquanto os verdadeiros motores da mudança são esquecidos nas congratulações. ressalta uma falha grave na adeal: falta uma estrura jurídica para dá procediento as execuções e balizar os entendimentos divergentes da repartição para que os atos da repartição possa soar de forma unissona em todo estado. não obstante há um outro problema que é a falta de educação sanitária, isto é, educar o produtor para que ele não caia em erro e, sim, obedecer as leis e decretos de forma espontanea e saber os reais motivos do serviço de defesa e extrair o pensamento de que so obedecem por causa das multas; é preciso incultir na mente do produtor que é os serviço é util e não obrigatório. minhas saudações a repórter por desempehar sua função de externar os fatos que dão significado ao jornalismo.

Gracinha de Souza disse...

Caro Romário, primeiro quero pedir desculpas por só agora te responder.(Turbulência familiar)
A sua participação sempre é bem vinda!


Muito obrigada!


(-:Gracinha de Souza:-)