Concurso Público de São José da Tapera movimenta Sertão alagoano

Foi grande a movimentação na manhã deste último domingo (6) em São José da Tapera e demais cidades sedes do concurso público do citado município.

Os candidatos se organizaram como puderam. Os carros de transportes alternativos eram as opções para que o candidato chegasse ao seu destino. Segundo informações, as tarifas não aumentaram, facilitando o acesso.

Em alguns casos, amigos se reuniram em grupos e racharam a gasolina. Tudo era válido para não perder a oportunidade de ser um servidor concursado.

Com o entusiasmo de quem faz pela primeira vez um concurso Público, Heyde Lauriane da Costa Soares, mais conhecida como Dodô, confessa que ficou nervosa e que sentiu algumas dificuldades na prova de auxiliar administrativo.

“Eu esperei atingir a maioridade para poder fazer um concurso, e mesmo gestante, eu não podia deixar de realizar esse sonho. Fiquei um pouco nervosa porque tive algumas dificuldades em matemática, mas no geral, a provo foi boa.” Diz Dodô.

Mesmo sabendo que além dos demais concorrentes estava a sua melhor amiga Dodô, Emanoel Maycon Lisboa de Alcântara se diz otimista.

“Sabemos o quanto este concurso de São José da Tapera foi concorrido. Sinceramente, eu não terei vergonha de não passar, teria se não o fizesse por temer. Na prova houve algumas dificuldades, mas não tão elevadas como se esperavam por ser uma prova da COPEVE.“

Entre todas as vagas do concurso, a mais concorrida foi a de merendeira escolar com mais de 2.400 inscrições para 30 vagas. Mesmo com tamanha concorrência, Maria Antônia Barros Pereira, 45 anos, se sente confiante no dia do seu aniversário e acredita que uma das vagas será sua.

“Para mim a parte de matemática estava difícil, por isso é complicado a gente afirmar que passou. Na hora dá um nervosismo que a gente mesmo sabendo, parecer não saber. Mas, tenho fé em Deus que uma vaga dessas será minha.”

O que chamou a atenção neste concurso não foi o fato dos mais de 2.400 inscrições para a vaga de merendeira escolar, e sim, os 55 portadores de necessidades especiais que estavam aptos a participar do concurso.

A assistente Social de São José da Tapera, Neyla Campos Almeida Cordeiro de Menezes, acredita que esses números vem crescendo devido esses cidadãos estarem cada vez mais inseridos com dignidade em meio a sociedade. O que mais deixa a assistente indignada são algumas pessoas que muitas vezes são preceituosas.

“Todos eles passam por um processo seletivo. Aqueles que passarem é porque de fato são capacitados. Cabe à prefeitura recebê-los de braços abertos e dar suporte. Temos que nos adequarmos a eles. Se eles superaram os demais mesmo com algumas deficiências que não o impossibilitou em estudar e acreditar que eram capazes, nós temos a obrigação de aceitá-los mesmo com as suas limitações. A sociedade muitas vezes é injusta em julga-los pela aparência sem dar-lhes a chance de provar que é capaz.”

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(-:Gracinha de Souza:-)