segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Crime passional:Uma relação entre o AMOR e o Ódio.


Cada pessoa pode apaixonar-se por elementos distintos, isso vai depender das características que vêm sendo acarretadas ao longo das experiências de vida de cada indivíduo. Pode existir a paixão pela bebida, por um time de futebol, pelo jogo, por uma ideologia ou pela forma mais comum, a paixão por uma mulher ou por um homem.

Quando falamos em homicidas passionais, automaticamente remetemos o pensamento ao conceito de crime cometido por paixão, é exatamente essa contextualização que esta em nosso ordenamento jurídico.


A paixão é um sentimento devastador, porém existem teorias que Almeida Junior e J.B. de Oliveira Costa (1998) demonstram em sua obra que consideram a paixão como um sentimento que pode ser controlado pelo cérebro humano, e ainda fazem referencias a teóricos que não a consideram nem como sentimento, pois acreditam que a paixão está além dos sentidos, visto que o ser afetado perde o autocontrole, cometendo atos jamais cometidos em seu estado natural. É essa falta de controle, quanto à paixão, que faz crescer a criminalidade violenta no indivíduo. Com isso surgem varias indagações.



Será que o crime passional é realmente cometido por paixão ou amor, ou será o ódio que deu lugar a tal sentimento?


O criminoso Passional deve ser punido penalmente, ou necessita de tratamento psicológico adequado?









"Veja bem, os crimes passionais, são fundamentados por uma exacerbação de sentimentos, de afeto. A gente sabe que o amor e o ódio aparentemente são sentimentos contraditório, oposto, eles fazem parte de um mesmo prisma em essa relação oscilante de desejo e de afastamento, de aproximação, de afastamento. Uma problemática bastante consideravel é o silo patológico que é a exacerbação de sentimentos,de cuidados a nivel patologico, a nivel doentil. Essa exarcebação do ciumes, transformação do ciumes patológico, faz com que o individuo desenvolva comportamentos de posse. Esse sentimento de posse não é um sentimento comum, de cuidados, de proteção. É um sentimento que toma proporções muito elevadas. Então, a associação de sentimentos de posse com a associação desse ciume patológico é fazer com que desenvolva o comportamente de alto destruição,de comportamente intenso de agressividades. Matar o outro, retirar a vida do outro, é exercer poder sobre essa vida. É definir que esse outro não pode ser de ninguem, porque ela precisa ser daquela pessoa, precisa ser meu. Matar, chegar a esse extremo, porque é um extremo da violencia, da agresividade é defininir até onde essa vida vai existir porque essa vida é tomada como uma relação objetal, ela é pos do outro, ela é objeto do outro. Essa relação foi estabelecida uma relação de posse onde um manda e o outro obedece. Um é ativo e o outro é passivo. Uma relação de alto destruição, uma relação que um determina o fim da vida do outro quando esse outro não é mais capaz de corresponder a intensidade desse ciúme patológico e a intensidade desse comportamento de posse.
A cultura é o grande determinante, os comportamentos sociais. O contexto local é o grande determinates pra eventos onde vão definir que o homem tem comportamentos maiores de posse ou a mulher. O c0ntexto social vai definir que comportamentos são esses.
A gente sabe que a lei Maria da Penha veio para reforçar isso. Que a incidência de mulheres vitimadas dentro do contexto familiar, é muito grande, e isso é dado por um fator sociológico também a que ao homem tudo é possível! Ao homem se admite determinados comportamentos e as mulheres são temidas disso. Os pais educam as suas meninas para serem domesticas, para serem do lar, para serem donas de casas passivas e submissas aquilo que é determinado pelo esposo. E esses mesmos pais educam os seus meninos para serem ativos, super poderosos, para subjugarem as suas esposas, para fazerem que elas sejam donas de casa, para não permitirem que elas não estudem, que trabalhem no universo publico. É a nossa sociedade que define, que delimita que comportamento socialmente são aceitos. E essa administração desse comportamento socialmente aceitos, o homem acaba super valorizando tudo isso, e ele acaba assumindo comportamentos de intensa agressividade, de intensa hostilidade porque isso até um determinado limite acaba sendo aceito socialmente, só quando isso ultrapassa. É como o velho ditado: Briga de marido e mulher ninguém mete a colher! Parece que é uma instituição sagrada, inviolável o casal, o convívio dos dois. Isso acaba tomando proporções maiores porque, ou essa mulher sente vergonha de denunciar, essa mulher por outro lado, se sente culpada por aquela relação ter chegado aquele ponto, ou ela tem filhos e não quer educa-los distante dos pais, ou ela não tem uma profissão que vá fazer com que ela consiga administrar a sua vida, o sustento da familia, então, são vários fatores que a impede. Mas, grosso modo, as estatísticas demonstram que os homens acabam exercendo maior comportamento de agressividade dentro do contexto domestico, até por uma perspectiva biológica mesmo. A mulher, biologicamente falando, ela não tem o mesmo modo, mesmo níveis de agressividade como tem o homem, é uma questão hormônal até. Mas, mais do que biológica é a questão social, porque a mulher é educada para a submissão, e o homem, é educado para atividade, para o controle, para o domínio. Ha sim Gracinha, possibilidade da mulher perceber o nível de agressividade do homem. O namoro é um momento crucial para isso. É no namoro que você constroe relações de convivência, relações de limites onde algumas normas sociais são impostas para o casal. Durante essa relação de namoro ele vai dar indícios comportamentais de como é ele. Então, como é que ele se comporta em relação ao ciúmes? Como é que ele se comporta com a possibilidade de você sair sozinha? Com as roupas que a mulher veste, com as amizades que ela tem. O que ele diz sobre tudo isso? Nessa fala, nesses comportamentos, nessas atitudes ele vai demonstrar indícios de um nível de agressividade que possa ser comprometedor. Quando um casal define por uma relação mais estável e vão morar juntos, ficar legalmente ou não, vai ter eventos de brigas que vão demonstrar elevação dessa agressividade que ele pode até chegarem uma agressão verbal, uma violência psicológica tão danosa quanto a física. Agente diz que as marcas psíquicas elas não deixam de existir, embora as marcas corporais elas deixam de existir.Mas, esse rapaz vem dando indícios desde o inicio, o problema é, as vezes a mulher se faz de cega, de muda, de surda acreditando em uma mudança que não passa de seu imaginário." Diz o psicólogo, Daniel Melo.










by
(-:Gracinha de Souza:-)

Nenhum comentário: