sexta-feira, 10 de junho de 2011

Família encontra mensagens ameaçadoras em celular de Giovanna


'Você não é a única p... que ele teve. Vou fazer com que você seja a última', diz uma delas; aparelho foi entregue à polícia

O advogado Welton Roberto, contratado pela família de Giovanna Tenório para atuar como assistente de acusação no caso envolvendo a morte da universitária Giovanna Tenório, de 28 anos, ocorrido após ela ser sequestrada no dia 2 deste mês, confirmou nesta sexta-feira que a polícia está de posse de um celular da jovem contendo várias mensagens ameaçadoras recebidas por ela no ano passado. O aparelho foi encontrado em casa e entregue por familiares da vítima. Policiais da Antissequestro confirmam ter cumprido mandado de busca e apreensão e já ter em mãos alguns objetos. O lugar e o que foi recolhido não foram revelados.

De acordo com o criminalista, trata-se de um celular antigo, que não vinha sendo utilizado por Giovanna. O aparelho que estava com a jovem no dia do seu desaparecimento até agora não foi encontrado. As mensagens podem comprovar o que amigos da vítima haviam denunciado à imprensa: a jovem vinha recebendo torpedos com intimidações e ameaças.

Welton afirmou que todas as mensagens foram anotadas pela família antes de o aparelho ser entregue à polícia. "Acreditamos tratar-se de uma prova importante que pode ajudar os investigadores a apontar os responsáveis pelo crime", disse.

Ainda segundo o advogado, uma das mensagens foi enviada para a estudante, via SMS, no dia 30 de setembro e mostra uma ameaça velada feita a Giovanna: "Você não é a única p... que ele teve. Vou fazer com que você seja a última".

Nós continuamos a apostar na linha de investigação que versa sobre crime passional, devido à crueldade do crime e à maneira com a qual a garota foi executada, já que apenas o celular da vítima foi levado", complementou o advogado, acrescentando que a estudante se encontrava com outros objetos de valor, a exemplo das jóias que costumava usar. "Quem a matou parecia estar com muita raiva dela", opinou, afirmando que a família que o contratou confia nas investigações policiais e se dispõe a ajudar no que for possível.

Além das mensagens, a polícia também deve ter acesso a quebra de sigilo telefônico dos telefones de todos os citados, extraoficialmente, no caso Giovanna. Com isso, será possível saber quais as ligações recebidas e efetuadas por Giovanna antes de ser morta.

Até a tarde desta sexta-feira, os agentes da equipe de inteligência da Delegacia Antissequestro que estão investigando o crime não tinham recebido o aparelho celular da vítima para análise.


Advogado quer saber quem esteve com Giovanna no dia 2.

O advogado Welton Roberto disse à Gazetaweb que já se empenha no sentido de saber com quem a jovem esteve no dia em que não mais deu notícias, na quinta-feira (02), quando a família se queixou do desaparecimento. Ela teria deixado a faculdade onde cursava fisioterapia, no bairro do Farol, em Maceió, para se encontrar com um amigo - segundo versão de pessoas próximas à vítima - em um restaurante no mesmo bairro.

Segundo o advogado, Giovanna aceitou entrar no carro, no banco do passageiro, 'de uma pessoa conhecida'. "Mas ela se assustou quando percebeu que uma terceira pessoa estava neste mesmo veículo. A Giovanna reconheceu a mesma e ainda tentou sair, mas foi impedida", revelou o Welton Roberto, que reforça as alegações da família, acerca do caráter pacato da estudante morta asfixiada por estrangulamento, segundo laudo do Instituto Médico Legal (IML) de Maceió, e cujo corpo foi encontrado na tarde da última segunda-feira (06), em terras da Fazenda Uruncum, no municipio de Rio Largo.

Ainda de acordo com Welton Roberto, a polícia deverá ir à casa da vítima recolher o computador que pode ser peça importante à elucidação do caso. A reportagem, no entanto, não conseguiu contato com o delegado Francisco Amorim Terceiro, titular da Delegacia de Antissequestro, para confirmar a informação.

"Todos estão muito consternados com a situação enfrentada pela família. As pessoas podem dizer que toda a comoção foi gerada por se tratar de uma pessoa de classe média, mas Giovanna também era uma menina batalhadora, religiosa e que vivia para os estudos", reforçou o advogado, confirmando ainda que a família já entregou à polícia um aparelho de telefone celular que pertencia à vítima e que continha mensagens ameaçadoras contra Giovanna.

Já a 17ª Vara Criminal da Capital autorizou a quebra de sigilo das ligações que Giovanna tenha efetuado ou recebido, a fim de que a polícia possa rastrear as ameaças que teria sofrido de Mirela Granconato, esposa de Antônio Bandeira e que seria desafeta de Giovanna - com quem 'Toni', por sua vez, teria mantido relacionamento amoroso extraconjugal. Ambos se colocaram à disposição da Justiça e negam participação no crime.


Material recolhido

Policiais da Delegacia Antissequestro revelam já ter em mãos material recolhido, em endereço não revelado, durante cumprimento de mandados de busca e apreensão. Para não atrapalhar as investigações, porém, não foi especificado nada do que foi apreendido.As buscas foram feitas no último dia 08.

Apesar de o advogado Welton Roberto ter divulgado para a imprensa que a família encontrou um celular de Giovana e também disponibilizar trechos de uma das mensagens encontradas, a Antissequestro afirma não ter recebido o aparelho.

Um grande auxílio no caso pode ser a localização da primeira pessoa que viu o corpo de Giovana no canavial e acionou a polícia. Seria um homem não mais visto, sequer convocado para depor no dia da ocorrência e de identidade desconhecida.




Fonte -Gazetaweb.com




by
(-:Gracinha de Souza:-)

Nenhum comentário: