O santo casamenteiro

A tradição de cultuar Santo António vem também de Portugal, e aqui no Brasil se espalhou com a chegada dos primeiros colonizaãores.

Hoje, sem dúvida nenhuma, Santo António é o mais popular dos santos em nosso País.

A adoração pelo santo é tão grande que é impossível não encontrar em qualquer igreja do Brasil — independente do padroeiro que lhe empresta o seu nome — uma imagem do santo, que carrega o Menino Jesus nos braços.

Conhecido como santo casamenteiro, o Santo António tem milhares de devotos espalhados em Portugal. Normalmente, a sua figura é representada, carregando o menino Jesus em seus braços. Muitas mocinhas afoitas para encontrar um marido retiram o bebé dos braços do santo e prometem devolvê-lo depois de alcançarem seu pedido. Outras jovens colocam a imagem de cabeça para baixo e dizem que só mudam de posição quando Santo António arranjar um marido para elas. Essas simpatias geralmente são feitas na madrugada do dia 13. (E depois a maluca sou eu!!! Ahah Há malucas para tudo.)Santo António de Lisboa, também chamado Santo Antônio de Pádua, de seu nome de batismo Fernando de Bulhões, foi um Doutor da Igreja que viveu na viragem dos séculos XII e XIII.

As Marchas Populares são uma tradição antiga portuguesa, que decorre na noite de 12 de Junho, nas avenidas de Lisboa. Estas são, uma das mais antigas e crescentes tradições da cidade de Lisboa (às marchas, "juntaram-se" em 1958, o Casamentos de Santo António). Porém, em Lisboa já se realizavam marchas desde o século XVIII. Este ano, Alfama foi o bairro vencedor das Marchas Populares, que ontem desceram, como habitualmente, a Avenida da Liberdade, em Lisboa. Em segundo e terceiro lugares ficaram as marchas de Marvila e Bica, respectivamente.

Santo António é popularmente considerado como um santo casamenteiro, pois, segundo a lenda, era um excelente conciliador de casais. É particularmente venerado na Cidade de Lisboa e o seu dia, 13 de Junho, é feriado municipal. Contudo, as festas em honra de Santo António começam logo no dia 12 com a realização dos Casamentos de Santo António, evento inserido nas Festas da Cidade. Este acontecimento, de grande relevo para Lisboa, comemorou no ano 2008 o seu Cinquentenário, pois foi em 1958 que 26 casais ficaram unidos pelo matrimônio na Igreja de Santo António. O objectivo da iniciativa, então patrocinada pelo Diário Popular, era possibilitar o casamento a casais com maiores dificuldades financeiras. Após diversos anos de interrupção, a tradição foi retomada em 1997, agora sob a égide da Câmara Municipal de Lisboa, passando a admitir-se, também, casamentos civis. Os Casamentos de Santo António constituem uma marca incontornável na tradição popular de Lisboa, contribuindo, em cada ano, para firmar a identidade cultural da Cidade.

Para os que creem no santo, nã falta simpatia. A maior parte das simpatias destinadas a Santo António são feitas utilizando-se o recurso do mexe-mexe da sua imagem.

Para tal, é válido colocar a imagem em qualquer posição, enquanto se espera pelo "milagre". Esta prática — que é universal — permite, pela sua popularidade, colocar a imagem em qualquer posição. Assim, é comum encontrarmos o santo de cabeça para baixo, de costas, deitado, coberto, atravessado, sem o resplendor e também sem o Menino-Deus, sendo que esta última só é usada em casos muito graves, nos quais precisamos de toda a atenção do santo.

Para quem quiser ganhar dinheiro, uma das simpatias é retirar o resplendor do santo e no seu lugar aplicar com cera uma moeda e esperar pelo "milagre".

Outra simpatia para não faltar alimento em casa é ir à igreja do santo, onde no seu dia é distribuído o "pãozinho de Santo António" e, ao chegar em casa, colocá-lo num recipiente em que se guarda alimento. Para quem quer arranjar casamento, namorado — pois o dia dos namorados é justamente na véspera do dia do santo —, amante ou mesmo um caso para passar o tempo, é comum pedir diretamente à imagem do santo.

Enquanto o "milagre" não acontece, deixa-se a figura do santo numa posição contrária àquela costumeira, ou seja, virado, deitado, tombado e até mesmo debaixo da cama. Para as pessoas que já têm o seu parceiro ou parceira, porém a presença da sogra, além de constante, é insuportável. Para elas, aqui vão duas receitas:

No dia 12, deposite uma flor branca aos pés da imagem do santo numa igreja. Dentro de trinta dias, a sogra vai ficar bem mansinha. Ou então, em qualquer dia do mês ou do ano, fazer uma prece para Santo António, se possível por trás de sua sogra, dizendo uma vez: "Santo António que amansou as águas do mar, amanse esta mulher (dizse o nome da sogra). Santo António que amansou as feras, amanse esta fera" (diz-se o nome da sogra). Bem, se não der certo, repita tudo isso num outro dia e acrescente o terceiro verso desta simpatia: "Santo António que amansou os burros..."

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(-:Gracinha de Souza:-)