segunda-feira, 6 de junho de 2011

Professora de escola particular é acusada de abusar de aluna de 4 anos


Os pais da criança foram ouvidos na manhã desta segunda-feira, 6, pela delegada Bárbara Arraes.


Uma professora da educação infantil de uma escola particular localizada no bairro da Pajuçara está sendo acusada de abusar sexualmente de uma aluna de apenas quatro anos, cuja identidade não pode ser informada. A denúncia foi formalizada no dia 18 de maio, um dia após a criança ter contado aos pais a violência sofrida na escola.

A mãe da criança contou a reportagem do Alagoas24Horas que chegou à escola no dia 17 de maio para apanhar a filha e encontrou a coordenadora e a professora à sua espera. Aparentando nervosismo, a professora disse que estava preocupada porque a menina estava fazendo xixi na calcinha constantemente e que neste dia precisou dar banho nela. A mãe estranhou.

“A professora pediu que eu colocasse uma toalha na bolsa da minha filha, junto com a muda de roupas que sempre mando porque a menina estaria fazendo xixi na roupa. Questionei se havia necessidade do banho, já que minha filha sabe usar o banheiro sozinha e poderia apenas trocar a calcinha. O mais grave é que ela sugeriu que minha filha se queixaria de dor porque estaria assada. O fato é que a criança não apresentava assaduras ao sair de casa e não há como acontecer isso em um intervalo tão curto de tempo”, contou a mãe.

Após examinar a filha, ela percebeu que havia uma vermelhidão na parte interna da vagina. Depois de tentativas de conversa, a criança contou à mãe que a ‘tia’ estava gritando muito com ela, que estava sempre brava e que naquele dia havia tirado sua roupa, jogado um recipiente com água em seu corpo (faltava água na escola), e em seguida introduzido o dedo em sua vagina.

“Ela me contou todos os detalhes de como aconteceu, do seu jeito, e disse que gritou muito de dor. Fiquei preocupada se minha filha estava inventando aquilo, mas ela contou a mesma história para o pai e no dia seguinte para a avó paterna, em quem ela confia muito”.

Os pais da criança procuraram ajuda médica e foram orientados a procurar a polícia e o Instituto Médico Legal (IML). “Nós fomos até a Central de Polícia, fizemos o Boletim de Ocorrência e depois fomos encaminhados até o IML para fazer exame de corpo de delito. O médico foi muito sensível ao caso e me tranquilizou dizendo que não houve lesão no hímen, mas confirmou a violência”, continuou.

O resultado do exame deveria ser entregue em aproximadamente 30 dias, no entanto, a delegada de Crimes Contra Criança e Adolescente, Bárbara Arraes, pediu urgência no caso.

Os pais da criança foram ouvidos na manhã desta segunda-feira, 6, pela delegada, que também tentou colher o depoimento da criança. “Ela estava muito envergonhada e não conseguiu falar, mas reproduziu o ocorrido em uma boneca, conforme solicitação da delegada. A menina estava sendo acompanhada por psicólogos em função do comportamento que vem apresentando.

“Minha filha voltou a fazer xixi na cama, não dorme a noite toda, grita durante o sono e ela nunca foi assim. Tenho medo que outras crianças tenham sido vítimas. Muitas delas são tão pequenas, incapazes de contar o que acontece. Minha filha sente falta da escola, chegou a dizer que não iria mais fazer xixi, que ficaria quietinha, como se estivesse fazendo algo errado”, disse a mãe com a voz embargada.

Os pais também procuraram a Defensoria Pública nesta segunda-feira para pedir orientações sobre como agir nessa situação.

Defesa

A mãe da menor conta que procurou a escola para saber que providências seriam adotadas, mas foi surpreendida por uma espécie de ameaça. “A proprietária da escola me disse que se alguém a abordasse para falar sobre o assunto iria tomar as providências necessárias. Não sei que providências são essas, mas temo pela minha filha”.

Já a professora teria dito que continuará na escola porque não há provas de que cometeu crime.

O Alagoas24Horas entrou em contato com a escola por telefone, mas ninguém atendeu no horário.

Apenas com o resultado do exame do IML e a conclusão do inquérito será possível dizer se houve crime.


Fonte -site alagoas24horas.com



by

(-:Gracinha de Souza:-)

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