terça-feira, 1 de novembro de 2011

Sete pessoas participaram do assassinato do vereador Luiz Ferreira, diz relatório da Polícia Civil

A execução do plano para matar o vereador Luiz Ferreira, de Anadia, foi decidida em reunião ocorrida em Arapiraca, ainda no mês de agosto, segundo apuraram os delegados Ana Luiza Nogueira, Kelmman Vieira e Maurício Henrique Duarte, responsáveis pelas investigações.

Uma testemunha – que espera ingressar no Provita, Programa de Proteção de Testemunha do Ministério da Justiça – relatou que, neste encontro em Arapiraca, estavam presentes, entre outros, o policial militar Cláudio Magalhães e Wallemberb Wanderson Torres Silva, que está foragido.

Eles compõem o que a Polícia Civil denominou de “núcleo de Arapiraca”, um dos braços da quadrilha que teria assassinado o vereador.

Há um outro grupo, denominado de “núcleo de São Miguel dos Campos”, que é composto pelo vigia Adeilton Ferreira, preso na sexta-feira passada e mais duas outras pessoas, que estão foragidas – embora já tenham a prisão decretada.

No total, sete pessoas, incluindo os mandantes, são acusadas pela PC no covarde homicídio.

A articulação

Foram mais de 50 dias de investigação, com ênfase na busca de provas técnicas, notadamente as que se basearam na análise detalhada do “tráfico de ERBS’ – a localização de celulares, nos dias e horas que antecederam o crime, principalmente.

Foi assim, que os delegados chegaram a um chip de celular que o marido da prefeita, Alessander Leal, teria utilizado nos dias que imediatamente anteriores à execução do assassinato – de 30 de agosto a 2 de setembro –, com o qual fez contatos (quase que exclusivamente) com os demais integrantes do grupo e, também, com a mulher dele, a prefeita Sânia Tereza.

O chip não está no nome dele, Alessander Leal – foi adquirido em nome de outra pessoa, da família da prefeita (que não é suspeita de fazer parte do grupo).

Aliás, ele não teria sido o único a agir assim. O vigia Adeilton Ferreira também utilizou um chip de celular comprado em nome de outra pessoa, com quem não tem qualquer relação, segundo apurou a polícia.

No caso de Wallemberb Wanderson Torres Silva, que conseguiu fugir, também um chip de celular foi decisivo para que a polícia concluísse que ele teve participação direta no crime.

Detalhe fundamental: o chip foi apreendido na casa dele, em Arapiraca, na semana passada.

O rastreamento do celular do acusado demonstrou que ele se dirigiu de Arapiraca a Maribondo, no horário do crime. A polícia está convencida de que foi Wallemberg Wanderson quem seguiu o vereador Luiz Ferreira até o local – a rodovia – em que ele foi executado.

O vasto relatório dos delegados mostra o cruzamento das ligações entre todos os envolvidos no crime nos dias que antecederam a morte de Luiz Ferreira e até, praticamente, o momento em que o fato trágico aconteceu.

Há detalhes também considerados fundamentais para a conclusão dos delegados quanto ao envolvimento do casal Sânia Tereza-Alessander Leal no assassinato (além dos contatos telefônicos entre eles e com os acusados de serem os autores materiais).

Nos longos depoimentos prestados por ambos há, de acordo com delegados, contradições importantes. Por exemplo: a negativa da prefeita de que tivesse conversado com Cláudio Magalhães – o pm – dias antes do crime. Entretanto, o chip do celular dela foi localizado na mesma área em que mora o policial, em Arapiraca, na véspera do assassinato.

Esta é primeira fase.

Seguem: a análise do Ministério Público Estadual e, na seqüência, a posição da Justiça, pela pronúncia ou não dos acusados.

É tudo, em verdade, uma história lamentável, que vitimou um personagem conhecido pelas qualidades profissionais e humanas.

A motivação – a se confirmar a investigação policial – não podia ser mais torpe: política.


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Fonte: site tudonahora.com.br


by

(-:Gracinha de Souza:-)

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