segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

ASFIXIA: Na comemoração dos 2 anos da Operação ASFIXIA, a reporter Gracinha de Souza entrevistou a cúpula da segurança pública do nosso Estado.

O coordenador da operação ASFIXIA Daniel Pinto realizou na manhã de ontem um café da manhã no Maceió Mar Hotel, em Ponta Verde, na cidade de Maceió para comemorar os 2 anos da entidade. Durante a solenidade, a coordenação da Asfixia prestou homenagem com a entrega de certificados a diversas pessoas que contribuíram para o sucesso da operação. Entre os homenageados estão: o secretário de Defesa Social, Paulo Rubim; o delegado-geral da Polícia Civil, Marcílio Barenco; o promotor de Justiça, Flávio Gomes; o delegado Eraldo José Augusco (coordenador da Força Nacional de Polícia Judiciária); o delegado Maurício Henrique (diretor dos DPJAs 1 e 2); a delegada Simone Marques (diretor da Academia de Polícia Civil); a delegada Luci Mônica (diretora do Deinfo); a delegada Fabiana Leão (diretora Administrativa e das Finanças); a jornalista Dulce Melo, e o agente da Polícia Civil, Nelson Feitosa, o mais antigo integrante da operação presente na solenidade. Também marcaram presença na confraternização as policiais das DPJ 1 e 2, Emanuela, Zinha, Ana, Eliane, entre outros servidores.





Confira as entrevistas exclusivas com o secretário de defesa social Paulo Rubim, o diretor geral da policia civil Marcílio Barenco, o diretor da DPJ 1 e 2 Mauricio Henrique Duarte e com o coordenador da ASFIXIA, Daniel Pinto.








Como foi passar esses três anos como secretário de defesa social do Estado de Alagoas e ter que lidar com a falta de contigente policial e de concurso público?



R_ Foi um processo de evolução. Eu fico satisfeito porque eu via a policia civil quando eu cheguei, e to vendo a policia civil agora, quando estou saindo. Que circunstancias seriam essas? Reformamos as delegacias coisa que antigamente não se via. Quando eu fui superitendente da Policia Federal, eu tinha visto como as delegacias estavam no Estado. O trabalho da eficiência da Policia civil, no que se diz a respeito a sequestros, assalto a banco, o resultado que eles estão dando, a resposta que eles estão dando a esses crimes, as investigações que estão sendo feitas, solucionados, a gente está vendo que na minha gestão, o qual a gente dá satisfação com muita alegria é ver o que era e o processo do que a gente está passando, do que esta sendo feito, o processo, do que esta sendo deixado. Não está deixando uma coisa perfeita, mas estamos deixando uma Policia civil preparada pra enfrentar os próximos anos com uma qualificação melhor. Eu acho importante que a Policia Civil, tenha apartir desse próximo ano, um concurso publico, isso é extremamente necessário e excencial e o govenador Teotonio vilela está consciente disso, acredito que venha a acontecer.


Infelizmente você está deixando o nosso Estado depois de 3 anos a frente da secretaria de defesa social. Por que?

R_ Estou indo embora por vontade própria, para Santa Catarina que não é a milha terra natal, sou gaúcho, mas ficarei por lá uns tempos, pois deixei muitos amigos. O governador tem conversado comigo periodicamente, e nessas conversas surgiu o interesse da minha permanência. Tenho dito sempre a ele que a polícia civil de alagoas está bem entregue ao Dr. Marcílio Barenco, pois tem livre acesso a qualquer hora à pessoa do governador, e faço ver a ele do salto de qualidade que esta instistuição deu quando o mesmo assumiu os destinos da citada direção. Com relação a minha permanência, volto a dizer que a minha decisão é definitiva. Estarei viajando no final deste mês para Santa Catarina, isso é irreversível. Diz o secretário de defesa social, Paulo Rubim.




Nós vemos que foram realizadas muitas operações através da equipe da Asfixia onde os cidadãos alagoanos se sentem mais seguros e ultilizam o disk denúncia para colaborar. De quem foi a idéia de criar a ASFIXIA e qual a importância da mesma para a Policia Civil?

R_ Nós tivemos a idéia de deflagrar a operação Asfixia pretendida da sociedade na direção geral através de um diálago com o diretorº Rodrigo Rubiale, que naquele momento em um projeto piloto, contribuiu para a gente fazer uma formação mínima. Depois do sucesso, da demanda e da credibilidade que alcançou com a sociedade nós fizemos a extruturação gradativa com viaturas fixas. Anteriormente as viaturas eram pegas de maneira emprestadas dos distritos policiais e isso causava incomodo. No final do expediente teria que pegar, levar, entregar, era algo extremamente complicado até para responsabilizar avarias, e com o governo do estado propiciando a vinda de novas viaturas para atender a policia civil, destinou sete viaturas fixas para que pudesse fazer esse trabalho de prontidão, pronta emprego que a polícia civil propiciou esse sucesso que esta hoje.


Existe uma certa falha com relação de não se fazer concurso publico. Isso afeta o contigente policial, principalmente na região sertaneja, onde cidadãos de baixa renda vão as delegacias e não conseguem fazer um B.O por estarem fechadas, e o mesmo não tem como se deslocar para uma regional. Como você ver essa realidade?


R_ Na verdade o governo do estado está sensível a isso, o governador Teotônio Vilela. Mas o Estado de Alagoas, é um estado carente de recursos financeiros. Nós temos limitações da lei de responsabilidade fiscal, sobre tudo o estado não é auto suficiente, ele depende de transferência de recursos da união para sobreviver e para gerir a sua máquina administrativa, tudo isso impossibilita a realização de um concurso para supresão destas lacunas, não só de delegados, agentes e escrivães. Mas, a gente tem empreendido todos os esforços sabe que por vez a sociedade fica prejudicada por uma ausência momentânia da policia, principalmente nas áreas do Sertão onde as vezes tem delegados respondendo por quatro cidades ao mesmo tempo e isso depende do preenchimento do quadro que hoje se encotra com a lacuna de 74 delegados de polícia, 2.500 agentes de policia e 150 escrivães, enquanto isso não for preenchido, a gente vai ter que continuar trabalhando dessa forma descentralizada.


Há um tempo atrás, os cidadãos alagoanos tinham uma visão muito ruim do delegado, daquele tipo de delegado corrupto, sem compromisso com a sociedade. Hoje em dia vemos uma aceitação muito grande pela sua gestão, de toda uma equipe que moralizou a Policia em si. Como você vê essa situação?

R_ Eu enxergo que a polícia avança, toda instituição avança, e a polícia civil avança e avançou principalmente nesses últimos dois anos e oito meses, de maneira a credibilizar melhor a ação perante a sociedade e sobre os aspéctos também dos diretores que compões a polícia civil a fiscalizarem e não permitirem que práticas de ilícitos passem desapercebidos. Todas as denúncias que chega, a gente manda apurar. Já tivemos inúmeros casos de demissões de servidores por desvio de conduta, mas a gente depende que a população denuncie. A gente sabe que toda instituição tem maus profissionais, a polícia não vai ser diferente, e só com esse caráter pedagógico preventivo, através das punições, da fiscalização que a gente vai conseguir cada vez mais progredir com a credibilidade da sociedade.



Fazendo um balanço geral na sua administração, o que mudou na polícia, o que acrescentou com relação as gestões anteriores?

R_ Hoje a polícia civil, foi instalada pelo governador, um novo modelo, é o modelo que está desassociado da atividade política partidária. Nós temos hoje uma gestão administrativa, técnica, sem perseguir ninguém, com a finalidade técnica de defender a sociedade, isso é um avanço muito grande que a influencia de política na investigação contamina a investigação, e isso era um grande problema do passado, então substancialmente esse foi uma das linhas que a gente trás com maior avanço. Além disso, nós tivemos também avanços significativo como a retirada de presos de todas as carceragens da capital, e até o final do ano, a gente está desativando da região metropolitana. A cidade de Arapiraca, com todas as cidades circuvizinhas, estão sem presos nas delegacias de polícia, o que possibilita e retira o desvio de função do policial civil, possibilitando um melhor atendimento a sociedade. Se for enumerar aqui, a gente ia passar o dia todo porque foram dois anos e oito meses de grandes avanço, de muito sucesso da nossa administração, mas sem os diretores, sem os policiais que fazem parte desse projeto a gente não teria conseguido alcançar.



Em conversas com alguns amigos da área, muitos temem de ir até você. Como você definiria a sua personalidade, o Marcílio diretor, o Marcilio delegado. Você é uma pessoa muito exigente?

R_ É difícil você fazer um auto analise. Mas, eu posso dizer que amadureci muito nesses dois anos e oito meses, uma experiência ímpar que poucas pessoas tiveram na vida o que eu tive. O Marcílio de 25 de março de 2008 não é o Marcílio do dia 17 de dezembro de 2010. Aprendi a ser mais compreensivo. Aprendi a ser mais justos com as pessoas, a tomar decisões com mais cautela. Todo mundo tem defeito na vida, eu continuou com os meus defeitos, mas sem duvida nenhuma o reconhecimento da atividade policial e das pessoas de bem que compõe a polícia civil é algo importantíssimo para agente poder valorizar acima de tudo, então hoje nós temos uma polícia renovada, com a mentalidade renovada, que a pessoa sabe que vai entrar numa delegacia de polícia e não vai ser acusado injustamente, que não vai ser violado nos seus direitos, então agente criou e implantou uma nova cultura, onde qualquer distorção vai ser apurada, fiscalizada e aquele que eventualmente transgredir, vai ter que ser responsabilizado. Então eu como pessoa, amadureci muito, como diretor tive uma experiência ímpar profissional que poucos tiveram essa oportunidade.



Em seu discurso, você falou sobre a importância da presença da família e você de certa forma é uma pessoa ausênte da sua, em virtude dos problemas que circunstancialmente ocorreram em sua vida profissional, pois você trabalha aqui em Alagoas e a sua família mora no Rio de Janeiro. Como você consegue administra esse sentimento e como é viver nessa ponte aérea Rio/Maceió?


R_ Minhas filhas tiveram que sair, e eu achei por cautela retirá-las e por problemas pessoais também, eu vejo que eu me acostumei com isso, elas também se acostumaram porque elas não podem viver no sistema de prisão domiciliar, uma infância vigiada por pessoas, ia acabar causando um problema psicológico nelas. Isso é um custo pessoal que eu tive, vou ter, porque estou perdendo, na verdade, os melhores anos que um filho dar para o seu pai e sua mãe, que é a infância. Você não acompanha, é como se você visse uma novela, um capítulo de uma novela três vezes em um mês e quando você volta daqui à um mês a novela está totalmente diferente. Você já perdeu totalmente o fio da meada, então a ausência familiar é algo que mexe muito comigo e agente sabe também que todos os policias em si de certa forma são abnegados e a família deles passam por todo esse processo. Ser polícia, é ser polícia 24 horas, é tá de plantão de noite, de dia, feriado, final de semana, dias de comemoração. Carnaval quando todo mundo tá brincando, você já tem que ter em mente que você vai tá trabalhando, então é todo uma nova circunstância, mas ser polícia tá no sangue e eu conheço muitas pessoas de bem que vivem do seu salário e engrandessem a instituição e credibilizam essa instituição perante a sociedade.



Está o impasse. Marcílio fica ou não fica no cargo da direção geral da polícia civil?

R_ Delegado de polícia, eu sou do Estado. Então agente está diretor geral, é cargo de confiança do Governador, e o nosso compromisso com ele é até o dia 31 de Dezembro. 31 de Dezembro está chegando, e ele vai decidir isso aí, não sou eu que vou decidir, é ele que vai formar a equipe dele, vai discutir politicamente, se tem que renovar. Acho que toda a renovação é importante, é nescessária. Eu fiz parte do processo de construção de uma nova polícia pro governo continuo, a disposição 4 anos do governo, que não seja como diretor geral, que outro seja, não importa isso, o que importa é o projeto do governo em si, e eu confio no governador, confio nas intenções que ele tem de melhorias para o Estado, especificamente estando ou não como diretor geral, vou estar presente como servidor público, como parte integrante do governo, de alguma maneira, e isso é o que importa nesse momento.



Desejo a todos um feliz 2011, boas festas, muita saúde, paz, prosperidades e que a sociedade seja menos violenta para que a gente possa instalar a paz de verdade que é o meu desejo para a sociedade. Diz Marcílio Barenco, Diretor Geral da Polícia Civil.


Como surgiu o nome do Daniel Pinto como coordenador da equipe da ASFIXIA?

R_ O nome Daniel surgiu devido ao excelente trabalho que ele realizou nas cidades de Feira Grande e São Sebastião. Principalmente nesta última onde no último pleito eleitoral para prefeito foi bastante exigido na área de segurança pública naquele município por conta da altíssima ingerência política aliada ao forte poder aquisitivo de alguns candidatos a majoritária de São Sebastião, e o Daniel com a competência que ele lhe peculiar consegui dar um basta naquela situação e prevaleceu a democracia vencendo aquele candidato que o povo escolheu. Dentre outros motivos podemos citar também o desmantelamento de uma gangue que adulterava combustivéis onde o Daniel consegui desasticular e coloca-las para responder nas barras da justiça. Por isso, quando o Drº Marcilio Barenco perguntou se eu conhecia alguem que fosse capaz de dar conta desta árdua missão, sem titubiar indiquei de imediato o Wesley Daniel Pinto, pois sabia da sua competência e compromisso com a instituição e aliada a condição de trabalho que o nosso diretor geral iria proporcionar a mencionada Operação, o resultado está sendo esse que toda a sociedade alagoana tem conhecimento. Hoje minha cara repórter, da zona da mata ao agreste, da zona litorânia a região sertaneja todos conhecem, acreditam, confiam e respeitam a ASFIXIA.



A violência está crescendo assustadoramente em nosso estado e princiapalmente na cidade em que você reside, São José da Tapera. O que fazer para controlar ou combater os infratores e dar mais segurança aos cidadãos alagoanos?

R_ Cara reporter, vemos que a mídia em si, está de forma irresponsável persistindo em estampar em seus meios de comunicações, seja eles escritas ou em redes, tais afirmações sem nexo. A nossa gestão teve uma certa perseguição por parte da mídia em não retratar de fato os dados e sim o que viesse a lhe interessar. Muitas vezes as entrevistas consedidas foram distorcidas para tentar colocar a sociedade contra todo um trabalho sério que nós da policia civil estamos desempenhando com êxcito desde a gestão do Drº Marcílio Barenco. A violência não está campeando apenas no estado de Alagoas, e por falar no estado de Alagoas, gostaria imensamente de saber em que dados a imprensa do nosso estado se baseou para ter essas informações de que a violência em nosso estado está crescendo? Reconheço sim, que a violência está contida em todo o país, porém, em nosso estado, na gestão do Drº Marcílio Barenco é que podemos afirmar categoricamente e com provas técnicas e objetivas, dos verdadeiros números da violência em nosso Estado, pois em outras épocas baseava-se apenas no manuscrito dos delegados de polícia , que isoladamente nas cidades em que respondiam jamais tiveram a oportunidade de ver um computador com internet em seus gabinetes. Portanto, afirmo categoricamente e com conhecimento de causa de que 70% dos índices informados antes da gestão do Drº Marcílio Barenco eram aleatórios. Por isso, eu não posso discutir crescimento de violência com seus respeitáveis leitores do blog com dados fictícios, enquanto que agora podemos sim ter certeza que estes dados fornecidos pelo DEINFO traduzem a verdade em nosso Estado. Com relação a São José da Tapera, afirmo que estamos buscando o nosso verdadeiro objetivo, ou seja, equipar e dar melhores condições de trabalho a nossa polícia judiciária. Tenho conversado semanalmente com meu amigo Drº Luiz Tenório, pessoa em que eu tenho grande confiança e respeito pois há mais de 40 anos que sou amigo do mesmo, e baseado nessas informações do ministerio Publico, São José da Tapera foi um das poucas cidades do nosso Estado a ter o indice de violencia caindo assustadoramente. Existe sim Gracinha, crimes eventuais que nehuma policia do mundo pode conter, cito por exemplo o caso recente do ex-marido que matou a ex-mulher e do rapaz que foi assasinado em frente a minha casa por um filho de um militar por terem tido uma discursão momentânea. O problema é que pouca gente sabe e cobra sem conhecimento de causa da Policia Civil. O que a sociedade tem que saber é que após o crime é que a Policia Civil entra em cena, instaurando o competente inquerito policial e remetendo-o a justiça publica da cidade, se for o caso, representando pela prisão dos suspeitos. Portanto, você como reporter não basta apenas acompanhar o que ocorreu na cena do crime, mas sim, toda a tragetória da apuração até o desfeixo final, cabendo a vocês da imprensa informar a sociedade o que está sendo feito ou o que foi feito para prender os assasinos.



Vemos que as delegacias foram reformadas, informatizadas, porém, não existem delegados o suficiente. Algumas ficam até com dias de portas fechadas e o cidadão tem que se deslocar para uma determinada regional, como também é o caso de São José da Tapera. Como lidar com essa situação ?

R_ Excelente pergunta! De fato essa situação nós temos que conviver com ela, pois vou lhe prestar informações que é a triste realidade do nosso querido Sertão. Para se ter uma idéia Gracinha, a região de Delmiro Gouveia, temos apenas Guilherme, Genilson e o Valter para responder por aproximadamente dez cidades. Batalha, temos apenas Drº Cirero Firmiano, Cicero Torres e Carlos Humberto responde pelas mesmas quantidades de delegacias. Passamos para a regional de Santana do Ipanema, regional essa que encontra-se a nossa querida São José da Tapera que respondem os delegados: Rodrigo Cavalcante(Regional), Edvaldo Alves respondendo por Dois Riachos, Gilson Melo por Olho dagua das Flores, Rubens Cerqueira por Maravilha e a Cásia Mabel por São José da Tapera. São cinco delegados, para tomar conta de onze cidades, ou seja, são exatamente onze delegados para tomar conta de trinta e uma cidades em todo o Sertão. Quer dizer, a Polícia Civil com o que tem está provando a sua competência, e melhor estruturada em termos de contingente, tenho certeza que iremos dar a resposta que a sociedade espera de uma maneira bem mais acentuada e positiva nos esclarecimentos do crimes.



A sua tragetoria na policia civil enchem de orgulhos não só os colegas de trabalho como a sociedade de bem do Estado de Alagoas. Como é ser um veterano corajoso, imparcial, honesto, digno e competente durante esses anos de trabalho sem deixar que políticos mal intencionados interferissem em suas decisões?


R_ Primeiramente Gracinha, eu quero dizer a toda sociendade que não sinto orgulho de ter cumprindo com minha obrigação, eu apenas fiz com que as coisas andassem normalmente como deveriam andar. Se você tem a lei ao seu alcance e prefere que alguém com certo poder político ou financeiro chegue a interferir em seu trabalho, isso é problema seu. Isso prova que você é no mínimo mal caráter e não tem compromisso nenhum com a sua profissão e muito menos com a sociedade que paga altíssimas taxas de tributos para pagar os nosso salários. Portanto, volto a dizer que não sinto orgulho nenhum de cumprir com a minha obrigação, porém, o único orgulho que sinto é não ver meus filhos chorando por ver seus coleguinhas gritando ou berrando no pátio do colégio dizendo: "seu pai foi preso! Seu pai soltou um bandido para ganhar dinheiro". Promoção ou apoio de políticos? Isso JAMAIS. O apoio, a compreensão, e o amor da minha familia, principalmente de você Gracinha, é a minha base, a minha fortaleza. Você Gracinha, durante esses 22 anos de vida pública tem sido uma pessoa que cada vez mais eu admiro pela sua postura, competência, honestidade e principalmente imparcialidade, e isso cada vez mais me comove, e me faz ser um homem estremamente realizado e feliz, por tê-la como minha esposa.



Muitos de sues colegas pediram para você não realizar as Operações em sua cidade, São José da Tapera por você morar lá, porém, você não aceitou este argumente e cumpriu com o seu dever, por que?

R_ Ora, se eu resido em São José da Tapera, evidentemente eu tenho que no mínimo deixar a segurança pública daquela cidade em ordem. Afinal de contas, apartir desse momento ela é a minha cidade. Quando eu tive o apoio necessário, eu não titubiei um só segundo em realizar essa operação. Gracinha, não é fácil em um domingo a noite a população da sua cidade na principal praça ser assustada por disparos de armas de fogo a esmo, provocando as autoridades e o povo em geral. Eu já tinha pretenção de realizar esta operação, porém, o subsídio que nós tínhamos era muito singelo, não tinha como fazer uma representação a 17ª vara da capital, mas apartir desse momento consegui provar as autoridades que compõem a sobredita vara criminal, sendo testemunha, de que no mínimo poderiamos, através de nossas representações obtermos mandados de buscas e apreensão relativos aqueles fatos que vinham constantemente surgindo em nossa cidade. Desta forma, fiz questão de fazer as representações criminais e, posteriormente analizadas pela 17ª da capital, consegui convencer aos magistrados que compões a mencionada vara criminal e alguns dias após obtive os respectivos mandados de busca e aprensaõ no total de 11 mandados, desdes onze mandados 10 foram cumpridos, e 10 foram autuados em flagrante, por crimes diversos. Segundo o próprio poder judiciário, o êxito da operação foi considerado excelente, e por conta disso as pessoas autuadas ficaram aproximadamente 90 dias presos, enquanto que a nossa estimativa era de no máximo de 30 dias. É importante salientar Gracinha, a solidariedade do povo taperense nesta operação. Basta dizer que ao sairmos da nossa cidade a nossa equipe que fez parte da operação foi aplaudida da fente do forum na rua 13 de maio até a rua José Pereira Alves, pela rua da Lagoa Caiçara até o posto no Bairro Dez, onde um aglomerado de pessoas arrodearam as viaturas e nos deram os parabéns pelo belo trabalho concretizado. "Diz o diretor das DPJ 1 e 2 Maurício Henrique Duarte.









Como é para você estar a frente do comando da ASFIXIA, ter bons resultados e ser respeitado pela sociedade alagoana?





R_ Em primeiro lugar eu queria começar, como se diz, do princípio. E isso se deve a essa nova mentalidade da cúpula da segurança pública, em especial da nossa polícia civil. A metodologia implantada pelo delegado geral, pelos diretores, em especial o Dr Mauricio Henrique Duarte que é com quem eu trabalho já a um bom tempo, foi que mudou e acabou com essa estigma daquela diferença que existia entre agente de polícia e delegado de polícia, hoje acabou. Nossos diretores tem outra mentalidade, também os agentes se aperfeiçoaram, se atualizaram, estudaram. Tem um nível hoje mais avançado para que agente obtenha os êxitos que nós estamos conseguindo. E isso aí foi fundamental, essa parceria, essa integração, esse elo que hoje existe entre delegado e agente de polícia, de diretor e agente de polícia. Hoje o agente de polícia coordena grupos, cargos de acessoria de direção de gerência dessa instituição, coisa que há muito, agente não via. E isso foi fundamental para que agente conseguisse implantar uma nova mentalidade nessas operações que nós estamos realizando, e principalmente também a valorização do profissional. Foi nos dado condições e com essas condições agente conseguiu colocar na cabeça dos colegas que a polícia civil, ela tem que trabalhar. A sociedade via a polícia civil, como a polícia preguiçosa, uma polícia bandida. Há bem pouco tempo era essa a realidade. Hoje com essa mentalidade e com essa nova direção desses novos diretores jovens como nós, essa mentalidade mudou. Com o trabalho, com os cursos, com os aperfeiçoamentos a polícia civil precisa ser reconhecida pela sociedade. O primeiro passo foi esse, e nós conseguimos. Ao longo desses 11 meses, os resultados que nós obtivemos foram positivos e a sociedade reconheçe e conheçe. Onde passa uma viatura nossa da ASFIXIA chama a atenção. Isso é trabalho, é reconhecimento. E não é a ASFIXIA em si. É a polícia civil no geral. E nós colocamos para os colégas o seguinte: Não adianta nós estarmos fazendo greve, estarmos queimando pneus na porta do palácio, isso não adianta. Agente tem que cumprir o nosso papel em primeiro lugar. Depois de cumprido o papel agente reivindica, mas reivindica da melhor maneira possível. E os resultados estão ai, estão a disposição da sociedade, da imprensa, de todos, para que todos analisem e vejam o nosso trabalho. Então aí agente poderá cobrar melhoria salarial.



Em seu discurso, você cobrou diretamente ao diretor geral e ao secretário mais armas para a equipe da ASFIXIA. Há possibilidade de vir investimento?

R_ Veja só, essa cobrança nossa de armas foi pelo crescimento da ASFIXIA. A ASFIXIA cresceu nos últimos 11 meses assustadoramente. Em janeiro, as ASFIXIA só visitava 4 cidades basicamente, fora a capital. Maragogi, Japaratinga, Marechal Deodoro e Barra de São Miguel. Hoje, nós expandimos para 56 Municípios, ou seja, mas da metade dos municípios de Alagoas. E esse crescimento fez com que houvesse carência de material. Nós tinhamos já uma quantidade significativa de armas, e com esse crescimento houve necessidades. Nós já temos viaturas novas, que não tinhamos, a ASFIXIA não tinha, hoje nós ja temos as viaturas à nossa disposição diariamente e precisamos de armas. Com a chegada de novas armas, o delegado geral já prometeu, ja garantiu que 30 novas armas irão reforçar a estrutura da ASFIXIA. É o mínimo que agente pode pedir, para que todos os colegas tenham mais segurança no trabalho e cumpram efetivamente com seu dever legal.



Em uma de suas operações, no caso a operação ALIENÍGENA II realizada em São José da Tapera, houve um fato que podemos classificar como histórico, após a operação, vocês foram aplaudidos pela sociedade taperense. Qual foi a sua sensação diante desse fato?

R_ Foi uma emoção, onde em meus 8 anos de polícia eu nunca vi nada igual. Eu me orgulho de ser agente de polícia. Porque tudo que eu conquistei até hoje, minha faculdade, minha especialização foi dentro da polícia civil, foi com a ajuda da minha profissão. Então eu me orgulho muito de ser um agente de polícia. E aquele fato que aconteçeu em São José da Tapera foi marcado. Se você perceber nos vídeos que foram exibidos hoje, agente destacou aquela operação em São José da Tapera porque a população nas ruas, nunca viu tanta polícia e também se deve ao exelente trabalho de investigação, a competência também de nosso diretor, que por ele ser da região, ele não se intimidou, não temeu a represália, porque isso é bom que destaque. Nós estavamos lá, mas ele estava lá presente, acompanhando todos os fatos. Então é prova da lisura, da honestidade, da descência do delegado Maurício Henrrique Duarte que acompanhou, nos incentivou e planejou junto com agente toda essa operação. Então o sucesso veio, fundamentalmente com o reconhecimento da população. Nós passávamos pelas ruas, a população nas portas, como se fosse a festa do padroeiro, que é típica do interior. E a população aplaudindo, pedindo para que nós voltássemos mais vezes, agente via no semblante a satisfação. E isso é altamente gratificante, como diz aquele ditado popular: "vale mais um amigo na praça, do que dinheiro no banco". E nessa situação aí, agente trás pra nossa realidade: "Vale mais o reconhecimento da população, a alegria da população com nosso trabalho, do que qualquer outra coisa. Diz o coordenador da ASFIXIA Wesley Daniel Pinto.






by
(-:Gracinha de Souza:-)

Um comentário:

Gracinha de Souza disse...

RETROSPECTIVA:

Sem dúvida, essa entrevista com a cúpula da Policia Civil de Alagoas exibida em DEZEMBRO foi uma das principais ENTREVISTAS de 2010,por isso, atendendo a pedidos de internaltas que me enviaram e-mail pedindo para recordar, resolvemos posta-la mais uma vez no topo do blog da (-:Gracinha:-)


Atenciosamente,


(-:Gracinha de Souza:-)