quarta-feira, 9 de março de 2011

Caso Flavius Lessa: Polícia Civil critica IC e IML de Alagoas

Nota à imprensa afirma que órgãos retardaram realização de exames que permitiriam a detenção de principal suspeito, já considerado foragido


A assessoria de comunicação da Polícia Civil de Alagoas emitiu uma nota à imprensa, na tarde desta quarta-feira (09), em que critica a atuação de Instituto de Criminalística e Instituto Médico Legal de Alagoas no caso envolvendo a morte do designer alagoano Flavius Lessa, encontrado morto dentro de seu veículo no Tabuleiro do Martins, em Maceió, e com ferimento - provocado por objeto cortante - na região do pescoço.

Na nota, a Polícia Civil assegura que cumprira seu papel, chegando a ouvir o principal suspeito de executar o crime, o modelo Frederico Safadi, que teria confessado à autoridade policial, segundo a nota, que se encontrou com a vítima na noite do homicídio. O suspeito admitiu ter consumido entorpecente e recebido a quantia de R$ 180,00 em espécie.

Além disso, a polícia garante também que a camisa do modelo apresentava sinais de sangue e que o mesmo poderia estar detido - ele teve a prisão temporária decretada - caso IC e IML não tivessem 'retardado a realização de exames' que dariam maior poder comprobatório à investigação.

Não é de hoje que se tem notícia da ausência de médicos no IML de Maceió, situado no bairro do Prado. O diretor do Instituto, Gerson Odilon, garantiu que irá abrir sindicância para apurar se de fato, no horário em que a polícia teria solicitado o exame, não havia profissional de plantão para realizá-lo.

A reportagem não conseguiu contato com o diretor do Instituto de Criminalística, Severino Lira. O secretário de Estado da Defesa Social, coronel PM Dário César, deverá tecer explicações sobre o tema em entrevista coletiva a ser concedida a partir das 10 horas desta quinta-feira (10).

Confira, abaixo, a íntegra da nota:

A Polícia Civil de Alagoas está, desde à tarde do último domingo, realizando diligências para localizar e prender o modelo Frederico Safadi, apontado como suspeito de assassinar o arquiteto e designer de interiores Flavius Durval Lessa Braga, 47 anos, que foi encontrado morto, dentro de seu carro, com um profundo corte no pescoço, próximo à fábrica da Coca-Cola, no Benedito Bentes.

Safadi chegou a ser ouvido na Central de Polícia de Maceió, no sábado, por ter sido a última pessoa a estar com Flavius, antes deste aparecer morto. Ele confessou realmente que esteve com a vítima, na noite de sexta-feira, e ter consumido entorpecente e recebido R$ 180,00 do arquiteto.

A Polícia Civil apurou que a vítima apresentava sinais de que travou luta corporal, assim como o suspeito, mas na tarde do sábado, não havia médico no IML (Instituto Médico Legal de Maceió) para realizar o exame de corpo de delito no modelo.

A PC também informa que as roupas de Frederico estavam sujas de sangue, mas, apesar de requisitado, o IC (Instituto de Criminalística) se negou a fazer o exame na Central de Polícia, no bairro do Prado.

Em virtude da ausência de provas técnicas que deixaram de ser realizadas pelo IML e pelo IC, que alegaram somente poder atender os pedidos da delegada Maria Angelita, por ofício e em dias úteis, ficando desta forma a autoridade policial plantonista impossibilitada de autuar em flagrante o referido suspeito, tendo que liberá-lo.

No domingo, a delegada Ana Luíza Nogueira representou pela prisão temporária do modelo, e o pedido foi aceito pela Justiça, mas Frederico Safadi já havia se evadido.

A Polícia Civil revela ainda que, somente na tarde do domingo, após uma determinação do secretário de Estado da Defesa Social, o IC realizou perícia nas roupas do modelo suspeito e confirmou a presença de sangue. Agora, o exame de DNA definirá a quem pertence o sangue encontrado.

O inquérito policial, conforme a PC, é de atribuição da Delegacia de Homicídios que tem à frente a delegada Sheila Carvalho que vem realizando investigações a respeito do crime, junto com a Deic (Divisão Especial de Investigações e Capturas) e dos demais órgãos da instituição policial.

Safadi é tido como foragido da Justiça. A Polícia Civil alagoana pede a quem tiver informações sobre sua localização informe pelo Disque Denúncia (0800-284-9390). O anonimato será garantido.



Fonte - site Gazeta web

by
(-:Gracinha de Souza:-)

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