quarta-feira, 30 de março de 2011

Cólicas menstruais e TPM: livre-se delas!

A cólica comum, essa de todo mês se chama Dismenorréia primária, ela é uma reação muito normal do organismo. O que acontece é que temos células no revestimento do útero que produzem uma substância química chamada de protataglandinas. O revestimento do útero, se torna muito espesso durante os primeiros estágios do ciclo menstrual. Isso porque se prepara para receber uma possível gravidez.





Há mulheres que detestam ficar menstruadas, outras que se sentem aliviadas quando o ciclo se completa. No primeiro caso, cólicas constantes prejudicam o rendimento no trabalho ou faculdade e, durante a TPM (tensão pré-menstrual), elas chegam a nocautear maridos e namorados. Conheça as causas e, também, soluções para livrar-se de uma vez por todas deste mal estar.

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Por que sentimos cólica?

No ciclo menstrual, o óvulo não fecundado é eliminado, causando alterações no endométrio (membrana que reveste o útero). Durante este processo, ocorre isquemia nas células uterinas (baixa irrigação sanguínea),
ocasionando dor.

O nome científico da cólica menstrual é dismenorréia primária (as secundárias, são consideradas patológicas). Sua intensidade, branda ou pungente, explica-se pela quantidade de prostaglandina no útero.


Tome cuidado!

“Para os transtornos relacionados ao ciclo menstrual, o diagnóstico é clínico”, explica a ginecologista Denise Drumond. Isto significa que a paciente deve ter uma boa conversa com o seu médico, sem que nenhum dado seja omitido. Acontece de a paciente achar que está sofrendo com cólicas menstruais e, na verdade, apresentar dismenorréia secundária (do tipo patológico).

Neste caso, dores no útero podem ser em função do uso de DIU, evolução de um mioma, pólipo interuterino ou endometriose inflamatória-pélvica.

Mas não só de cólicas vivem as mulheres. Outro mito do ciclo menstrual é a tensão pré-menstrual (TPM). Luciana Ramos Lavorato, 26, sempre sofreu com as dores da cólica, mas era a TPM que a tirava do sério. Cansada de sofrer, resolveu cortar o mal pela raíz – parou de menstruar.

“Durante o período pré-menstrual, tinha vontade de morder as pessoas quando contrariada, brigava com motorista de ônibus e os dois maridos que tive sempre reclamaram da minha oscilação de humor”, relata Luciana, que diz sofrer de TPM desde os 15 anos.

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Depois de assistir pela TV uma entrevista com o ginecologista baiano Eusimar Coutinho, autor do polêmico livro “Menstruação, a Sangria Inútil”, ela tomou a decisão de suspender o ciclo através do uso contínuo de pílula anticoncepcional, tendo o apoio de sua ginecologista.


TPM, a síndrome

A tensão pré-menstrual ou síndrome pré-menstrual é caracterizada por alterações emocionais, transtornos psicossomáticos e comportamentais. Lesões orgânicas, como a queda de prostaglandina e várias vitaminas, como a B6, A e E são produzidas por influências psíquicas, consideradas, até hoje, um “mistério”.

Por exemplo, a ginecologista e obstetra Denise Drumond explica que a mulher com TPM sofre de um certo “transtorno do eixo hipotálamo-hipófise-ovário”, mas por que isto acontece, a ciência ainda não conseguiu explicar.

Além da alteração em áreas cerebrais de extrema importância (a hipófise, por exemplo, controla a temperatura do corpo e o sono), durante a síndrome há queda de beta-endorfinas, de prostaglandina (do tipo F2-alfa, E2, D) e vitaminas B6, A e E, além de refração líquida. Nesta época, a mulher pode sofrer de depressão, oscilações de humor, ansiedade e dor nos seios.


Solução natural: dieta e exercício físico

Evitar – substâncias estimulantes, como derivados de cafeína, cola e xantina
Não fume!
Reduzir – uso de bebida alcóolica, sal marinho e açúcar refinado
Preferir – alimentos diuréticos, como morango, melancia, salsa e agrião.
Em sua dieta, dê preferência a verduras e legumes.
Habitue-se a dormir bem

Pratique exercício físico regularmente, eles propiciam o auto-controle e estimulam a produção de beta-endorfinas no organismo. As atividades mais recomendadas são: hidroginástica, yoga, tai-chi-chuan e massagens relaxantes.

Vale conferir mais orientações, afinal, qual mulher não gostaria de não senti-las?



1. É normal ter cólica menstrual?
Sim, mas ela merece atenção (e a opinião do médico) quando é forte a ponto de incapacitar você para o trabalho, o estudo ou a ginástica e deixá-la dependente de remédios para aliviar a dor naqueles dias.
2. Por que dói?
Todo mês, quando a menstruação se aproxima, a produção de prostaglandina pelo organismo aumenta, pois o hormônio estimula as contrações uterinas que vão expelir o sangue menstrual. No caso de fluxo muito intenso ou de alguma alteração no útero que dificulta a saída do sangue, o corpo precisa produzir ainda mais prostaglandina, a fim de intensificar as contrações para bombear o sangue para fora. E quanto mais contração, mais dor.

3. Dá para ficar livre dela para sempre?
O tratamento com pílula anticoncepcional (de uso contínuo ou não) reduz a espessura do endométrio e diminui o fluxo menstrual, reduzindo as contrações e a dor. Mas só um especialista é capaz de definir a melhor solução para o seu caso, ou seja, não tome por conta própria.

4. Atividade física ajuda?
Sim, não só porque libera endorfinas, que têm ação analgésica, e ativa a circulação. "Mulheres que malham têm fluxo menstrual menor do que o das sedentárias, portanto menos risco de ter cólica", avisa o ginecologista Aléssio Calil Mathias, de São Paulo.

5. Tenho cólicas leves. Como posso aliviá-las sem tomar remédio?
A atividade física é perfeita nesse caso. Se não quiser abusar de movimentos pesados, faça ioga, alongamento ou caminhada. Acupuntura também funciona, porque as agulhas ativam a liberação de serotonina e endorfina, aumentando o bem-estar e a tolerância à dor. A tradicional bolsa de água quente é outra aliada: posicionada abaixo do umbigo, relaxa a musculatura e aumenta a circulação local, aliviando o desconforto.

6. O que eu como influencia na cólica?
Sim. "Fontes de ômega 3 (linhaça, salmão, sardinha) e magnésio (castanha-do-pará, folhas verde-escuras e cereais integrais) têm ação anti-inflamatória e ajudam a modular as contrações uterinas que provocam a dor", diz a nutricionista Marina Prieto, de São Paulo. Por outro lado, comidas gordurosas estimulam esse processo, por isso são contraindicadas. "Também é bom evitar cafeína e álcool, que ainda favorecem a eliminação dos nutrientes capazes de frear a dor", fala Valéria Paschoal, nutricionista da VP Consultoria Nutricional, em São Paulo.

7. O que é melhor: analgésico ou anti-inflamatório?
No caso de cólica muito forte, o segundo, que inibe a ação da prostaglandina e tem efeito analgésico. O ideal é começar a tomar o remédio dois dias antes do início do ciclo menstrual (ou daquele dia em que você sabe que a cólica vai chegar) e parar quando acabar a dor. Não custa lembrar que o medicamento deve ser prescrito pelo seu ginecologista.

8. O médico disse que minha cólica pode ser endometriose. Como posso saber?
"Um exame de sangue específico e o ultrassom são os métodos mais comuns para detectar a endometriose, mas podem não ajudar quando ela está em estágio inicial", fala o ginecologista Arnaldo Cambiaghi, de São Paulo. "A videolaparoscopia é a melhor alternativa para um diagnóstico certeiro."



Fonte - site espaçosaudedamulher.com.br
by
(-:Gracinha de Souza:-)

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