terça-feira, 22 de março de 2011

Ricardo Barbosa assume presidência da CCJ na Câmara

O vereador Ricardo Barbosa (afastado PSOL) – como já era previsto nos bastidores da imprensa – assumiu a presidência da Comissão de Constituição e Justiça da Câmara Municipal de Maceió. Nos bastidores, se fala que a Comissão viria como um “presente” por Ricardo Barbosa ter entregue o requerimento da Comissão Especial de Investigação da “máfia do lixo” nas mãos da Mesa Diretora para que este fosse posto em votação e consequentemente derrubado.

Ricardo Barbosa – autor do requerimento da CEI do Lixo – buscava sete assinaturas para tentar instalar a investigação contra o prefeito Cícero Almeida (PP), mas não conseguiu êxito. Alvo de críticas, Barbosa denunciou possível barganha política feita por alguns vereadores e por isto, resolveu por fim ao requerimento, colocando-o a votação no plenário. Logo, surgiram os comentários de que tudo não passava de uma jogada política, contanto com o apoio do próprio vereador.

Os acontecimentos envolvendo a “sepultada” CEI do Lixo aceleram – inclusive – o afastamento de Ricardo Barbosa do partido, que pode vir a ser expulso do PSOL. Em entrevista ao Alagoas24Horas, o vereador negou qualquer tipo de acordo envolvendo a presidência da CCJ. Ele classificou as informações de bastidores como “levianas” e afirmou já possuir conhecimento destas.

“São leviandades a meu respeito. É um absurdo que se leve em consideração tais comentários de bastidores, porque isto não existe”, afirmou Ricardo Barbosa. “A minha ida para a presidência da CCJ se deu de forma clara e transparente por meio de eleição. Eu segui o caminho que eu tenho direito enquanto vereador e que qualquer outro desta Casa também tem. Coloquei o meu nome e o submeti a votação para entrar na CCJ, assim como outros vereadores fizeram. A única coisa que fiz foi pedir votos, como todo mundo pediu”, salientou Ricardo Barbosa.

Ricardo Barbosa ainda frisou: “todos possuem este direito de pedir votos”. Ricardo Barbosa teve 14 votos em plenário para compor um dos cinco nomes da Comissão de Constituição e Justiça. Na sequência, foi eleito presidente na eleição interna da comissão, com os quatro votos dos demais componentes. Segundo Ricardo Barbosa, foi um reconhecimento de mérito pelo trabalho feito quando estava na CCJ ainda com a presidência sob o comando do ex-vereador e atual deputado estadual Dudu Holanda (PMN).

“Na Comissão fiz um trabalho exitoso que foi reconhecido. Eu creio que por conta de uma questão técnica, como sou advogado e militante, foi colocado na CCJ. Fiz parte da comissão passada e creio que fiz por merecer a indicação de agora. Lutei sozinho para estar nesta comissão. Veja bem, a CCJ é formada por três vereadores de oposição. Eu acho que é uma vitória da oposição”, salientou.

Para Ricardo Barbosa, questionar a forma como ele chegou a presidência da CCJ é desmerecer toda a bancada de oposição da Casa, que conseguiu se articular para emplacar nomes nas principais comissões. “O que pesou foi minha história e minha atuação na Casa. Não houve acordo algum. Há uma confiança na maneira como atuo, fazendo uma oposição responsável. Eu nunca votei com a bancada governista, diferente de alguns membros da oposição. Tenho posições responsáveis e propositivas nesta casa. Atuo de acordo com minha consciência”, colocou ainda.

Barbosa ainda falou sobre o enfraquecimento da bancada governista. No início desta legislatura, eram dois vereadores de oposição, agora – a depender da matéria – a oposição chega a alcançar até sete votos. “Eu acredito que há uma desarticulação da bancada governista pelo fato do prefeito Cícero Almeida (PP) ainda não ter definido um líder na Casa, isto acaba fortalecendo a oposição, que em relação aos dois anos anteriores tem crescido, pelos mais diversos motivos, questões ideológicas, ou outras”, colocou.

Ricardo Barbosa disse ainda ser visível a dificuldade de Cícero Almeida por conta dos votos oscilantes dentro da Câmara Municipal de Maceió. “Isto é um dado para se vê a dificuldade do prefeito de harmonizar sua bancada”, avaliou. Quanto ao processo na Comissão de Ética do PSOL que pede sua expulsão do partido, Barbosa disse que espera a vinda desta com a consciência tranqüila. “Nestas trocas de acusações pequenas, eu não vou entrar. Não vou partir para o debate no campo pessoal. Só quem perde com isto é o PSOL. Eles ferem é o partido. Não rebaterei mais”, finalizou.



Fonte -site www.alagoas24horas.com.br


by

(-:Gracinha de Souza:-)

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