Keinha: O último adeus

Foto/cortesia

Nessa quarta-feira(28), à cidade de São José da Tapera parou para ver o corpo da professora Carla Vancléia, popularmente conhecida como, Keinha. Uma multidão de amigos, familiares, colegas de trabalho e curiosos estiveram presentes em frente a casa da sua avó, dona Dalva Amorim, que mora na Rua José Pereira Alves, onde o corpo estava sendo velado durante todo o dia.

Ao sair para o sepultamento, o corpo da professora foi carregado em procissão até o bairro Dez. Os cidadãos taperenses aplaudiram o cortejo que seguiu para a cidade de Olho d'água das Flores que fica à 7 km de São José da Tapera, onde sua falecida mãe foi enterrada. Com muita dor e lágrimas, amigos, familiares e admiradores puderam dar o ultimo adeus a Keinha.

A professora era separada e deixou três filhos menores de idade e um sonho de liberdade.

Sem medo e receio do que a sociedade iria pensar de sua conduta, Keinha se separou do seu marido e brigou na justiça pela guarda dos filhos onde a princípio não obteve sucesso. Mas, devido a acordos entre ela e o seu ex marido, os filhos voltaram a morar com a professora que nas horas vagas também era depiladora. Em conversas com amigos, Keinha deixava visível a vontade de sempre dar uma boa vida aos seus filhos. A professora sonhava com uma casa grande e com piscina. A mesma estava em fase de construção próximo a casa que morava de aluguel.

Keinha viveu cada minuto de sua vida intensamente do seu jeito. Bebia, dançava, namorava, gargalhava, fazia o que queria. Não levava desaforo para casa e dizia na cara o que pensava. Com esse seu jeito irreverente de ser conquistou muitos amigos e admiradores. As suas amizades englobavam todo tipo de pessoas, do mais alto poder ao cidadão mais simples.

A bebida estava cada vez mais presente na vida dessa taperense. A mistura perigosa entre álcool e direção causaram vários acidentes que quase lhe tirou a vida. Depois de muitos pedidos de amigos e familiares, Keinha resolveu de vez não mais pilotar motos. Desde que sofreu o último acidente de moto que ficou na UTI mais de 20 dias, então trocou a moto pelo carro. Mas, mesmo a cobertura interna que o carro poderia oferecê-la, a velocidade continuou sendo um perigo visível, o mesmo perigo que lhe custou a vida.

Em quanto amigos pediam para ela deixar de misturar bebidas alcoólicas com direção, Keinha brincava dizendo: " Ah, neguinha, aí você está pedindo para eu vegetar".

Que Deus a proteja onde estiver, pois a única coisa que você buscou nessa vida foi a sua felicidade. O seu sorriso foi capaz de iluminar e divertir amigos e familiares. Agora com certreza terás um lugar ao sol e a missão de dar boas risadas junto aos anjos.

(-:Gracinha de Souza:-)



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(-:Gracinha:-)