Uma forte ventania, na tarde desta terça-feira (27), derrubou um poste e uma placa de publicidade, na orla da Pajuçara. Os ventos causaram pânicos entre transeuntes e funcionários de quiosques na Avenida Antônio Gouveia. Segundo pessoas que presenciaram a ventania, o fato ocorreu por volta das 15 horas e durou poucos minutos.
Ana Paula da Silva, funcionária de um quiosque, disse que os ventos fortes arrastaram cadeiras e mesas do estabelecimento para o outro lado da avenida. “Quando vi, as coisas estavam sendo levadas, foi tudo muito rápido”, relatou. A jovem disse também que as pessoas ficaram muito assustadas quando o poste de uma quadra de tênis caiu.
O comerciante Edgar de Melo chegava ao local quando percebeu as mesas e cadeiras na avenida. “Nem acreditei quando vi a placa que havia sido derrubada, realmente a coisa foi feia”, disse.
De acordo com o meteorologista Emanuel Teixeira, o fenômeno não pode ser caracterizado como um ciclone, pois houve apenas uma pequena formação dos ventos. Ele explicou que a forte ventania foi causada pela combinação entre o aquecimento da água do mar e o sistema de baixa pressão.
“Quando ocorre esse tipo de situação, temos ventos de moderados a fortes. Isso não é comum em Alagoas, mas desde o final de semana que o mar já estava agitado e, com isso e o aquecimento da água, se entra na zona de risco de acontecer esse tipo de ventania”, afirmou Teixeira. O meteorologista disse ainda que os ventos podem ser mais fortes a depender do sistema de baixa pressão.
Equipe da SEMARH analisa caso, mas adianta que não se trata de um ciclone
Pessoas presentes a Praia da Pajuçara puderam presenciar, na tarde desta terça-feira (27), um fenômeno meteorológico incomum. Um possível vórtice foi identificado, filmado e fotografado entrando no continente e acabou derrubando um poste numa quadra de tênis. Técnicos da Sala de Alerta, da Secretaria de Estado do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos (SEMARH), estão estudando o caso.
Em nota divulgada nesta terça-feira, a Diretoria de Meteorologia informa que apesar do transtorno, o fenômeno é raro e geralmente ocorre em pequena escala, sem causar grandes prejuízos à população. Os técnicos também explicaram que não se trata de um ciclone, mas que provavelmente foi a formação de um pequeno vórtice, fenômeno similar a um tornado, embora com proporções inferiores.
“Um ciclone é um evento de grande escala e geralmente está associado a um centro de baixa pressão, e, ao que parece, não foi isso que ocorreu nesta tarde. De qualquer forma, estamos analisando as informações colhidas para explicarmos o fenômeno posteriormente à população. Adiantamos que a população não deve se preocupar, pois não há registro de eventos de grande escala nesta região” – afirmou o meteorologista Vinícius Pinho.
Confira a Nota.
Fenômeno ocorrido na Praia da Pajuçara, em Maceió
Existem algumas possibilidades que estão sendo analisadas pela nossa equipe técnica, entre elas a formação de um pequeno vórtice, fenômeno este similar a um tornado, mas em proporções bem menores, ocasionado pela formação de nuvens convectivas próximas à Costa e intensificadas por uma variação de pressão e de temperatura, causando vorticidade e o chamado “funil”, que foi visto pela população local.
Porém, não está descartada a formação de uma tromba d’água, evento similar, com vórtice ocorrido sobre o Oceano e com a sua formação também derivada de nuvens convectivas de pequeno a médio porte. A Sala de Alerta da SEMARH está estudando o caso para esclarecer a população. É importante ressaltar que esse é um fenômeno raro e em pequena escala, sem causar grandes prejuízos à população.
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